R10: capítulo 50 da breve história de gols, sorrisos e questionamentos
Oito meses e 20 dias depois de chegar à Gávea,
Ronaldinho Gaúcho alcança marca com a camisa do Flamengo em momento conturbado
Por Janir Júnior e Richard SouzaRio de
Janeiro
Ansiedade, vai-e-vem, tensão e o acerto de
Ronaldinho Gaúcho com o Flamengo depois do leilão que envolveu Grêmio e
Palmeiras. Começava aí uma história com belos e decisivos gols, mas também de
questionamentos pelo efeito vagalume em campo e os excessos fora dele.
Anunciado em janeiro, ele fez sua estreia com a camisa 10 contra o
Nova Iguaçu no dia 2 de fevereiro, pela Taça Guanabara, no Engenhão. Recebeu a
braçadeira de capitão de Léo Moura pouco depois da entrada em campo, ganhou
mosaico da torcida e, ainda fora de forma, demonstrou muita disposição na vitória
por 1 a 0, com gol de Wanderley. Neste domingo, contra o Atlético-GO, oito
meses e 20 dias depois, Ronaldinho vai completar seu jogo número 50 pelo
Rubro-Negro.
Ronaldinho no Fla: título carioca invicto, eliminação precoce na Copa do
Brasil e altos e baixos no Brasileirão (Foto: Editoria de Arte /
Globoesporte.com)
São 20 gols até o momento, entre eles três de
pênalti, quatro de falta, dois de cabeça e um olímpico. O temperamento por
vezes quente demais em campo rendeu 16 cartões amarelos (dez no Brasileirão) e
uma expulsão. Ora por suspensão, ora por servir à Seleção Brasileira, R10
desfalcou o time em dez partidas, sendo sete no nacional. Na competição, foram
13 gols e sete assistências.
Com animação e sorriso, conquistou o grupo de cara.
Fez seu primeiro gol, de pênalti, na vitória por 3 a 2 sobre o Boavista, logo
no segundo jogo. Pouco depois, garantiu
o título da Taça Guanabara com um gol de falta sobre o mesmo Boavista.
Ronaldinho puxou o Bonde sem Freio e voltou a balançar a rede nas duas partidas
seguintes depois da conquista, contra Olaria e Bangu. O Flamengo acabaria
campeão carioca invicto, só que o Bonde sairia dos trilhos.
O craque amargou um jejum de dez jogos sem marcar,
entre Campeonato Estadual e Copa do Brasil. A badalada vida particular começou
a ser questionada pela sua queda de rendimento nas quatro linhas. Era o mês de
maio. No dia 5, o Flamengo sofreu sua primeira derrota no ano, 2 a 1 para o
Ceará, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. No Engenhão, o
camisa 10 viu que a torcida que exalta também contesta. Pela primeira vez, foi
alvo dos rubro-negros. Não de carinho, mas de vaias.
- A vaia não foi só para mim, mas para o time todo
- disse o jogador, na saída de campo.
Logo na partida de volta contra o Vozão, Ronaldinho
deu o passe para um dos gols de Thiago Neves, brigou muito, mas o empate por 2
a 2 eliminou o Flamengo. O time fracassara na primeira chance de chegar à
Libertadores da América. A primeira frustração de R10 no clube.
Fonte: globoesporte.com
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